Desde quinta-feira, 14, o Ceará faz uma busca ativa nos registros de hospitais e unidades básicas de saúde para encontrar possíveis casos de sarampo. A iniciativa, chamada de Semana S, dura até o dia 24 de março e deve envolver o máximo de municípios possíveis. Além do Ceará, outros estados participam do esforço coordenado pelo Ministério da Saúde.
De acordo com Ana Cabral, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Ceará, o objetivo do monitoramento é identificar prontuários de pacientes que deram entrada em unidades de saúde nos últimos 30 dias com sintomas parecidos com os de sarampo.
Os sintomas mais comuns são febre e manchas avermelhadas, assim como tosse, coriza e conjuntivite. “A gente precisa se certificar de que não há subnotificação de casos no Ceará”, afirma.
Para confirm(Lacen).
As últimas três notiar um caso de sarampo, é preciso realizar um teste sorológico. O sangue do paciente com suspeita da doença é colhido e enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará ficações de sarampo no Ceará foram confirmadas em 2021. Em 2023, o Ceará notificou 32 casos suspeitos e permanece sem confirmação de casos de sarampo. No ano de 2024, foram notificados dois casos suspeitos, descartados por exames laboratoriais, conforme a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
O monitoramento foi feito também em outubro de 2023. Na ocasião, 156 municípios cearenses e 1.978 unidades de saúde participaram da Semana S. Segundo Ana, foram verificados cerca de 800 mil prontuários. A busca ativa deve se repetir ainda em 2024 porque a orientação do Ministério da Saúde é que ela ocorra duas vezes ao ano.
A vacina que protege contra o sarampo é a tríplice viral, que também imuniza contra caxumba e rubéola. São necessárias duas doses para completar o esquema vacinal, a segunda três meses após a primeira. Apesar de não atingir a meta de no mínimo 95% da população vacinada, o Ceará melhorou a cobertura vacinal desse imunizante em 2023.
Em 2022, 89% do público-alvo foi vacinado com a primeira dose e 66% com a segunda. Já em 2023, a D1 chegou a 92% de cobertura e a D2 a, 81%. O Ceará ficou em primeiro lugar no ranking de estados que mais vacinou a população com a segunda dose da tríplice viral.
“A gente tem dificuldade de alcançar as coberturas vacinais de tríplice viral, tanto na primeira dose como na segunda dose. Mas há um movimento de melhoria de alcance, de retomada de coberturas vacinais em geral. A gente ainda precisa trabalhar para que aumente essa cobertura, principalmente na segunda dose”, afirma Ana Cabral.
Fonte : O POVO